Guerreiras sempre

Um levantamento da consultoria de empregos Catho, veiculado no portal G1 da Globo (7/03/2017), confirma a atualidade da disparidade salarial entre homens e mulheres,e pior – atesta que ela aumenta, conforme também aumenta o salário da função analisada.

Assim, temos que um estagiário homem começa na empresa recebendo R$ 1.236. Se for mulher, só receberá R$ 1.062. A diferença é de 16,4%. Quando este mesmo estagiário homem chegar ao cargo de consultor, terá salário de R$ 5.457. Sua colega de trabalho, no mesmo cargo, receberá R$ 3.359 – 62,5% a menos. O absurdo que cresce com a especialização da função, expõe o machismo de um mercado de trabalho conservador e ignorante.

Os dados podem ser acessados aqui http://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/mulheres-ganham-menos-do-que-os-homens-em-todos-os-cargos-diz-pesquisa.ghtml, e mostram que ainda hoje é fundamental comemorar o Dia da Mulher – 8 de março. Ainda é imprescindível colocar em questão a igualdade de condições, mesmo diante de tantos avanços verificados ao longo da história.

Avanços por méritos, e que continuam envolvendo a necessidade de luta. A questão trabalhista está longe de ser exclusiva no debate sobre a luta da mulher, mas foi a gênese da criação do 8 de março. As 129 operárias de uma indústria têxtil de Nova York (EUA), que morreram queimadas devido a uma truculenta repressão policial em 8 de março de 1857, podem se considerar as pioneiras da luta feminina moderna. Título que dividem com as batalhadoras do direito ao voto.

De lá para cá, outras nuances se criaram nesta luta. No Brasil, a Lei Maria da Penha (2006) é um exemplo, delimitando definitivamente o comportamento machista dentro e fora de casa, com relação à violência contra a mulher. Recentemente, tivemos ainda aprovada a Lei do Feminicídio (2015), que endureceu a pena daqueles que matam mulheres por motivação de gênero.

Da nossa parte sindical, defensores das trabalhadoras que somos, seguiremos resistentes no combate à desigualdade entre homens e mulheres no campo do trabalho e direitos trabalhistas. Atualmente, repudiamos a tentativa do governo Temer de igualar, de forma cruel, a idade mínima da aposentadoria entre homens e mulheres, sabendo que elas cumprem dupla jornada de trabalho – herança de uma cultura machista, onde a criação de filhos e a manutenção da casa não são compartilhadas com homens.

Além disso, lutamos contra a abjeta diferença salarial, e pelo atendimento das necessidades especificamente femininas, como as creches nas empresas. Tudo isto, sem deixar de comemorar o estabelecimento da licença- maternidade de 6 meses (2010), uma conquista delas.

Mulheres, vocês sempre terão no Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Limeira e Região) um companheiro constante. Neste dia, só cabe homenageá-las pela coragem e determinação, contra as injustiças que as oprimem.

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