Vamos refundar o país

A crise institucional vivida pelo país atingiu novo patamar nesta semana. A gravação de uma conversa do presidente Temer com o proprietário do grupo JBS, no sentido de manter o pagamento de uma mesada pelo silêncio criminoso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, é o novo mote. Chegou-se a cogitar a renúncia do presidente, o que não ocorreu ainda. É neste momento de fragilidade do governo, que os trabalhadores devem ampliar o grito contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. Sim, pois é neste exato momento que o grande mandatário da nação, o comandante das medidas tão danosas à população, mostra seu caráter questionável. Como poderá alguém assim conduzir processo com efeitos tão significativos? O movimento sindical já havia alertado que os artífices desde momento do país não tinham estatura moral para tanto. O afastamento de Aécio Neves do Senado, outro defensor das reformas que foi capturado pelas investigações, é exemplo disso. Desde o início, a classe empresarial, interessada em retirar direitos para aumentar os lucros, tem se utilizado destes párias não só para fazer negócios, mas também para impor uma visão unilateral das reformas. Tal qual pugilistas que aproveitam o momento de golpear o adversário, devemos ocupar Brasília neste 24 de maio com ainda maior intensidade. Caravanas de todo o país estão sendo montadas, e a USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) já equipou a sua, para fazer presença nesta grande festa da democracia. Mais do que barrar as reformas, este deve ser o momento para, de forma vigorosa, expormos as nossas próprias idéias de reformas. Uma Reforma Previdenciária que combata os desvios dos sonegadores, e cobre as dívidas de grandes empresas (algumas públicas) com o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Que garanta uma aposentadoria justa, para os que se aposentarem não precisarem continuar trabalhando. Uma Reforma Trabalhista que garanta a independência dos sindicatos, e que dê melhores condições de trabalho e salários à classe trabalhadora. Que discuta a demissão injustificada, e a redução de jornada sem a redução de salários. Nenhum destes temas foi mencionado na reforma de Temer e dos empresários. A saúde e o bem estar do trabalhador nunca foram a preocupação deles: que seja agora, com as nossas reformas. Inevitável, em Brasília, será associar o momento ao sentimento de Fora Temer. Lutar contra as reformas implica em rejeitar toda uma forma de governar, liderada por um indivíduo absolutamente ligado ao grande Capital, e que ganhou todos os motivos para sofrer um processo de impeachment. Vivemos um grande momento nacional, um momento onde se torna urgente uma Eleição Direta. Não devemos ter medo dela. Após tantos resultados da Operação Lava Jato, é hora de refundar este país.

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