Momento crucial

A despeito do resultado da votação, pelo Senado, do texto da Reforma Trabalhista, este 11 de julho será um dia histórico para os trabalhadores.

Se o texto for aprovado pelos senadores e senadoras, entraremos para a história como aqueles que acabaram com os direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta, sangue e vidas. Mas se o derrotarmos, daremos uma resposta à altura a este governo sem credibilidade.

Está claro que este governo não tem condições morais de propor qualquer sacrifício aos trabalhadores, principalmente o presidente, que acaba de ser denunciado por crime de corrupção. Após aprovação do relatório que pede a condenação pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputados decidem, nesta semana, se a acusação vai a Plenário, para que em caso de decisão neste sentido o STF (Supremo Tribunal Federal) possa afastá-lo do cargo por 6 meses. Após isto, Temer pode cair em pouco tempo.

Tal ambiente impossibilita um debate racional sobre a reforma trabalhista. O texto, aliás, é tão ruim que o próprio relator sugere que o presidente vete ou altere alguns itens, depois de hipotética aprovação no Senado. Resta saber se o presidente de plantão, que poderá ser o deputado e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), honrará o acordo. Estamos nas mãos de aventureiros.

Temos que marcar os senadores que votarem a favor da reforma trabalhista. Levar seus nomes ao conhecimento dos trabalhadores, e comprometer sua vida eleitoral. Os acordos secretos não ficarão impunes, diante de uma situação onde a prudência exige negar o voto contra o povo brasileiro.

Diante de uma derrota, a luta e a resistência dos trabalhadores não cessarão. Pelo contrário, aumentarão, e os conflitos entre o Capital e o Trabalho tendem a se ampliar exponencialmente. De forma desordenada, na nova selva sem lei do universo trabalhista prevista pela Reforma. Juízes do Trabalho já apontam a anulação de determinações desta nos tribunais, com 12 pontos considerados flagrantemente inconstitucionais que devem ensejar muitas ações trabalhistas. O movimento sindical permanecerá com sua missão de defesa dos trabalhadores brasileiros.


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